A pandemia de COVID-19 trouxe mudanças significativas na forma como trabalhamos. O trabalho remoto, que era uma exceção para muitas empresas, tornou-se uma norma.
Agora, o contrário aconteceu: o que antes era normal tem cada vez mais se extinguido. Com isso, muitos profissionais preferem até mesmo ganhar mesmo ou recusam propostas para continuarem no home office.
Diante de um cenário cada vez mais competitivo surge a pergunta: como reter talentos em um mundo onde o trabalho remoto e o presencial coexistem? Será que existe certo e errado?
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Trabalho Remoto x Trabalho Presencial
Também conhecido como home office, o trabalho remoto permite que os funcionários realizem suas tarefas fora do ambiente tradicional do escritório, geralmente de casa. Esta modalidade utiliza ferramentas digitais para comunicação e colaboração.
Já o trabalho presencial é considerado o modelo tradicional, onde os funcionários trabalham fisicamente no escritório ou na sede da empresa. Esse ambiente facilita a interação direta e a supervisão imediata das atividades.
Os números não mentem
Além de ser o maior usuário de redes sociais da América Latina, o Brasil lidera outros números interessantes quando falamos de trabalho.
De acordo com dados publicados recentemente, a disputa entre trabalho remoto e híbrido está acirrada em 2024. Dados indicam que 74% dos trabalhadores brasileiros preferem o home office, enquanto 26% optam pelo modelo híbrido. Além disso, as empresas estão enfrentando desafios para equilibrar produtividade e satisfação dos funcionários.
Além disso, o Relatório Digital 2024, publicado em parceria entre We Are Social e Meltwater, revela que o Brasil é o segundo país onde os usuários passam mais tempo online, com uma média de 9 horas e 13 minutos por dia, atrás apenas da África do Sul com 9 horas e 24 minutos. Isso mostra o potencial do trabalho remoto no país, dada a alta conectividade dos brasileiros.
Apesar do Brasil ser um país altamente conectado, o trabalho remoto vem perdendo força. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), 59% dos trabalhadores brasileiros atuam presencialmente, indicando uma diminuição no home office.
Além disso, a porcentagem de pessoas que trabalham em casa caiu de 8,5% em 2022 para 8,3% em 2023. As regiões Sul e Centro-Oeste têm os menores índices de trabalho domiciliar (6,5%), enquanto Nordeste e Sudeste apresentam as maiores proporções (8,6% e 9%, respectivamente).
Vantagens e desvantagens de cada modelo de trabalho
Cada modelo de trabalho possui vantagens e desvantagens. Desse modo, é preciso analisar cada uma e tirar o melhor da situação proposta.
O trabalho remoto permite aos funcionários gerenciar melhor seu tempo, equilibrando vida pessoal e profissional, o que aumenta a flexibilidade.
Aliás, reduz o tempo gasto em deslocamentos e os custos associados a transporte e alimentação, resultando em economia de tempo e dinheiro. Estudos mostram que muitos trabalhadores são mais produtivos em casa devido à redução de interrupções.
Por outro lado, o trabalho remoto pode levar ao sentimento de isolamento social e desconexão da cultura da empresa.
A falta de interação face a face pode dificultar a comunicação e a colaboração, resultando em desafios de comunicação. Porém, a presença de familiares e outras distrações pode afetar a concentração dos trabalhadores.
Assim também, o trabalho presencial facilita a construção de relacionamentos e uma cultura de equipe forte, promovendo interação social. Também permite uma gestão mais próxima e feedback imediato, resultando em supervisão direta.
Além disso, oferece acesso fácil a recursos e equipamentos da empresa, o que pode ser um diferencial importante para alguns trabalhadores.
No entanto, o trabalho presencial pode ser cansativo e caro para os funcionários devido ao deslocamento diário. Horários rígidos podem dificultar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, resultando em menor flexibilidade. Eventualmente, o ambiente de escritório pode ter mais interrupções e distrações, impactando a produtividade.
O que as empresas estão fazendo para reter talentos?
Em primeiro lugar, a retenção de talentos começa já no recrutamento e seleção, onde o RH deve buscar candidatos que se alinhem com a cultura organizacional e possuam as habilidades técnicas e comportamentais compatíveis.
Após a contratação, é preciso que esses colaboradores recebam o reconhecimento necessário para se manterem motivados, engajados e produtivos, o que resulta em profissionais de alto desempenho. Essa motivação pode vir através de um kit de boas-vindas ou onboarding, trazendo toda a motivação e integração que o novo colaborador espera.
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Continuando, se não houver um reconhecimento contínuo por parte da empresa, o entusiasmo dos colaboradores pode diminuir com o tempo. Portanto, é preciso que o RH intervenha antes que isso aconteça.
Desse modo, desenvolver um plano de ação eficiente requer o comprometimento e a participação de todos os líderes da empresa.
Além disso, criar uma só estratégia não é suficiente; é fundamental implementá-la e avaliá-la regularmente para assegurar que seus objetivos sejam alcançados e que nada se perca no percurso. E claro, quando necessário, ajustar as estratégias para alcançar os objetivos!
Mas e, na prática, como atuar?
Para reter talentos, as empresas estão adotando várias estratégias inovadoras. Algumas das práticas mais eficazes incluem:
- Oferecer flexibilidade: permitir que os funcionários escolham entre trabalho remoto, híbrido ou presencial;
- Investir em tecnologia: ferramentas de comunicação e colaboração eficientes são cruciais para o sucesso do trabalho remoto;
- Criar programas de desenvolvimento: oportunidades de crescimento profissional são altamente valorizadas pelos funcionários;
- Reconhecimento e recompensas: implementar sistemas de reconhecimento e oferecer recompensas por desempenho excepcional.
Outra maneira eficaz de reter talentos é oferecer brindes personalizados que demonstrem reconhecimento e valorização.
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Esses brindes podem ser utilizados para celebrar conquistas, aniversários de empresa ou como parte de programas de reconhecimento de desempenho.
Além disso, segundo um estudo do Gartner, 75% das empresas estão disponibilizando pacotes de benefícios customizáveis para atender às necessidades específicas de cada colaborador. Essa ação destaca a crescente importância da personalização na motivação e retenção de talentos.
Por fim, reter talentos em um ambiente de trabalho em constante mudança requer flexibilidade, inovação e um foco constante no bem-estar e na satisfação dos funcionários.
Seja através do trabalho remoto ou presencial, entender as necessidades dos seus colaboradores e implementar estratégias eficazes é essencial para manter uma equipe engajada e produtiva.
Com as dicas e insights que mostramos, sua empresa estará mais preparada para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades de reter talentos no cenário atual.
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